O que é? O que fazer? Como recuperar o prejuízo?
ATENÇÃO – Dicas e informações valiosas
Golpe e Fraude do Pix
O Pix é uma das formas de pagamento mais rápidas do mercado, e é a própria rapidez na realização das transações e movimentações de valores que atrai cada vez mais criminosos e golpistas.
O vazamento dos dados de milhões de brasileiros, o gigantesco aumento de abertura de contas falsas e a inovação diária de novos tipos de golpes e fraudes são aditivos para um problema sério que atinge nossa sociedade.
Porém, é importante lembrar que há ações que podem ser realizadas para recuperar o valor perdido e evitar futuras ocorrências. Neste artigo, compartilharemos dicas sobre como lidar com a situação e o que fazer para buscar reembolso.
– Entre em contato com seu banco: Assim que identificar a fraude, entre em contato imediatamente com seu banco ou instituição financeira. Informe-os sobre o incidente, forneça todos os detalhes relevantes e solicite a abertura do procedimento de contestação. Quanto mais rápido agir, maiores serão as chances de recuperação do valor.
Lembre-se que os bancos possuem uma ferramenta denominada de MED (Mecanismo Especial de Devolução) criado pelo Banco Central (https://www.bcb.gov.br/meubc/faqs/p/o-que-e-e-como-funciona-o-mecanismo-especial-de-devolucao-med), portanto, quando registrar a reclamação junto ao banco é fundamental registrar o dia/horário da ligação, nome do atendente e solicitar o protocolo da ligação.
– Registre o boletim de ocorrência: Registre o boletim de ocorrência sobre a fraude. Forneça todas as informações disponíveis, como datas, horários, números de telefone ou contas envolvidas, e qualquer evidência que possa auxiliar nas investigações.
– Comunique a plataforma de pagamento: Caso a fraude tenha ocorrido durante uma transação em uma plataforma de pagamento, como um aplicativo ou site, informe o ocorrido ao suporte da plataforma. Eles poderão auxiliar nas investigações e tomar medidas para evitar que outros usuários sejam vítimas do mesmo golpe e/ou até mesmo preventivamente suspender / bloquear a conta utilizada.
– Verifique se é possuidor de seguros: Especialmente em casos de violência (roubo e/ou sequestro) o consumidor pode estar protegido por algum seguro, portanto, é necessário que questione isso junto ao banco e/ou operadora de cartão.
– Reforce a segurança: Após lidar com a fraude, é crucial fortalecer sua segurança financeira. Ative todas as medidas de proteção disponíveis em seu aplicativo de pagamento, como senhas fortes, autenticação em dois fatores e notificações de atividade suspeita. Mantenha-se atualizado sobre as práticas de segurança recomendadas e evite compartilhar informações sensíveis com terceiros desconhecidos.
Após a realização de todos os procedimentos, o consumidor vítima deverá aguardar a análise da ocorrência por parte do banco ou instituição financeira, que normalmente ocorre em até 10 dias. E, caso não ocorra o ressarcimento total das transações, é aconselhável que o consumidor procure o advogado especialista em fraude bancária, que fará a análise de todos os documentos e terá condições de aconselhar o consumidor sobre possíveis procedimentos judiciais para recuperação dos valores.
Ser vítima de uma fraude via Pix é uma experiência desagradável, e, em alguns casos, a ação judicial é a única ferramenta que o consumidor terá para discutir o ressarcimento, por isso, é extremamente importante, o cuidado para não ser vítima, após a fraude, ainda que existam decisões favoráveis, como qualquer processo judicial, o ato sempre será moroso.
Por Alexandre Berthe Pinto
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